Ana Nistal Freijo |
Natural de Vilalba (Galiza - Espanha), Ana Freijo é licenciada em piano pela Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo – Instituto Politécnico do Porto, onde estudou na classe da Professora Madalena Soveral. Também é mestre em Filosofia (área de especialização de Estética) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - Universidade Nova de Lisboa. Aqui, sob a orientação da Professora Doutora Maria Filomena Molder e do Professor Doutor J. Miguel Ribeiro Pereira, escreve a dissertação: “Robert Schumann: o autor prolongado – Implicações do pensamento do primeiro romantismo alemão no Lied de Schumann”.
Actualmente frequenta o curso de Doutoramento em Estudos Artísticos (especialização de Estudos Musicais) na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, sob a orientação do Professor Doutor Diogo Ferrer e do Professor Doutor J. Miguel Ribeiro Pereira, e é investigadora (colaboradora) no Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra. |
nas margens do Davidsbündlertänze
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Na obra musical de Robert Schumann e no pensamento filosófico de Gilles Deleuze encontramos um procedimento metodológico paralelo, caracterizado pelo novo estatuto que o interstício ganha nas suas obras. Em ambos detectamos um afastamento do domínio do pensamento binário (aquele tipo de pensamento que opera por dualismos), em favor de uma nova forma de pensamento que abraça a multiplicidade: de um pensamento de teor essencialista, sobre as coisas e sobre os seres (“É”), passamos a um pensamento de teor relacional, “entre as coisas” e “entre os seres” (“E”). Nesta comunicação iremos abordar esta reorientação do pensamento operada por Deleuze e Schumann, ao conectar os seis princípios do modelo rizomático deleuziano com a análise das margens do Davidsbündlertänze op. 6 (1837) de Schumann. |