André Rosa |
Ator, Performer, Dançarino, Encenador e Educador em Artes Performativas. Atualmente, desenvolve pesquisa em performance junto ao Doutoramento em Estudos Artísticos - Teatrais e Performativos da Universidade de Coimbra. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia. É licenciado em Educação Artística pela Universidade Estadual Paulista, em São Paulo.
Há 20 anos, trabalha com as linguagens das artes cênicas e performáticas, onde integrou alguns coletivos, dentre os quais se destacam: o Núcleo Vendaval, Teatro Gente-de-Fora-Vem, NuMiollo e a Família Varnel. Recentemente, fundou o Movimento Sem Prega (Brasil/Portugal), que abrange um conjunto de pessoas e atividades de diferentes campos de investigação cultural, política e linguística, funcionando como uma estrutura laboratorial nômade em performance e pedagogia. Assim, os últimos trabalhos criam ambientes (trans)ficcionados: Na ContraCapa, Desire Borders, AmPunheta, Gatilho#2, Freak Show Park, Prato Feito, Baci, Tran(S)arau. Foi professor de teatro e performance nas Universidades Federais da Bahia, Sergipe, Santa Maria e Rio Grande do Sul/Brasil. Ministra Oficinas e Workshops acerca do trabalho corporal, técnicas experimentais em performance, pedagogia e sexualidades dissidentes e formação continuada para professores de arte. Possui textos publicados em Revistas e Periódicos nacionais e internacionais, além de participação em congressos e colóquios sobre performance, identidades sexuais, raça e colonialidades e; festivais e mostras de artes no Brasil, América Latina e Europa. |
tran(S)arau -
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Com a proliferação das diversas facetas que a perfomance ganhou ao longo das últimas cinco décadas é imprescindível discutir os processos de cooptações das formas alternativas de construção, relações de conhecimentos e visões de mundo que os múltiplos acontecimentos/ações/performances requerem e dinamizam, ativando uma diversidade de modos de subjetivação e memórias culturais que o neoliberalismo ao invés de rechaçá-las ou bani-las, fomentou justamente na diversidade, uma forma de apropriação e expansão. Em princípio, como práticas periféricas e subversivas, a performance começou a se deslocar para o centro – em direção à uma norma talvez – ditadas pelos mercados culturais globais. Assim, como repensar as condições da arte performática como espaço de transgressão das normas estabelecidas por este mesmo mercado que a seduziu? Em duas edições, ambas realizadas em Coimbra, uma no Ateneu (Outubro de 2015) e a outra na República Pra-Kys-Tão (maio de 2016), este evento que se caracteriza como encontro performático de vários artistas e construtos artísticos ao vivo e/ou mediados por tecnologia, questiona se há possibilidade de escapar à transformação das ações artísticas e das políticas de subjetividades em valores de troca e de acesso ao “capitalismo cultural” global? Como o Tran(S)arau - enquanto evento que se dispôs a ser um local festivo e contestatório, opera nestas transações e transições, por meio do desfile de arquivos e repertórios em performance? Há como fugir da prevaricação com o mercado institucionalizado da arte? |