Carla Alexandra Gonçalves |
Habilitações
Licenciatura em História, Variante História da Arte (em de Setembro de 1993) pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Mestrado em História da Arte do Renascimento e Maneirismo (de Março de 1996), pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, com a dissertação titulada: «A obra do escultor e ensamblador maneirista Gaspar Coelho, “mestre que foy desta arte principal nestes tempos, neste Reyno”». Concluiu o Doutoramento na Universidade de Coimbra em Fevereiro de 2006 com a defesa da tese «Os escultores e a escultura em Coimbra, uma viagem além do Renascimento». Actividade profissional: Docente na Universidade Aberta, na Delegação Regional de Coimbra, desde Janeiro de 1999 ao presente. Investigação: 1999-2006: Fez parte do Centro de Estudos Históricos Interdisciplinares da Universidade Aberta. 2004-2008: Fez parte da rede de «Investigação, Inovação e Conhecimento» promovida pela Câmara Municipal de Óbidos, como coordenadora do núcleo de trabalho de Escultura. 2007 ao presente: Integra o Centro de Estudos em Arqueologia Artes e Ciências do Património da Universidade de Coimbra, unidade I&D n.o 281, no Grupo de Estudos Multidisciplinares em Arte. Tem participado em inúmeros eventos culturais nacionais e internacionais como oradora, comissária e coordenadora. Autora de vários livros, artigos e materiais didácticos. Áreas de Interesse Escultura dos séculos XV e XVI; Teoria da Arte; Estudos sobre o Corpo; Antropologia Visual; Psicologia da Arte; Fenomenologia da Percepção; Sociologia da Arte. |
habeas corpus.
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Com esta conferência propomo-nos inquirir o corpo nas suas dimensões pública, privada e íntima, na relação com as suas possibilidades de representação através da imagem. Seleccionamos a representação fotográfica do corpo como reflexo que pode esconder a margem ou libertá-la, quando o corpo-forma se altera em corpo-drama, em corpo- angústia, em corpo como imagem de um tempo e de um espaço dentro de um âmbito que se relaciona intimamente com quem o escolhe e manuseia para fazer dele um manifesto. Assim nos cabe o problema da representação do corpo (público, privado ou íntimo) como um centro que expele as margens, como um unicum que pode transgredir num todo, como verdade e inverdade do sujeito que capta e do que foi fixado através da imagem, importando ainda entender que espécie de relações se promovem com o receptor, entendido como outro corpo que se cruza nestes caminhos e que ouve os sons dos corpos que podem consubstanciar ou renegar o seu. Procuramos, centrando-nos na obra de Félix Nadar (1820-1910) e de Joel-Peter Witkin (1939 -), encontrar as anatomias da intimidade na margem disposta ao centro, configurando-se a fotografia do corpo (também no caminho que separa estes dois artistas) como um espaço de criação de novas visibilidades e como um campo periférico ao centro. |